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Setembro Amarelo: Divisão de Saúde do TRT/CE alerta para os cuidados com a saúde mental e emocional

A Justiça do Trabalho do Ceará adere anualmente à Campanha Setembro Amarelo direcionada para a prevenção do suicídio. Num cenário mundial de pandemia causada pelo coronavírus, a Divisão de Saúde do TRT/CE alerta para os cuidados com a saúde mental e suas consequências sociais e emocionais em face do isolamento social.
Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano. Confira mais informações no site da instituição.

Pandemia

A pandemia causada pela covid-19 trouxe um cenário de muitas incertezas e dúvidas. O comportamento do vírus é complexo e heterogêneo, com alta transmissibilidade e em escala global. A necessidade de isolamento social trouxe consequências econômicas e sociais com impacto direto na saúde mental.

Como cada um de nós pode colaborar para a redução dos números de suicídio? Esse questionamento é proposto pela Seção Psicossocial da Divisão de Saúde do Tribunal e tenciona abrir espaço para reflexão.

Dados estatísticos

De acordo com informações da Associação Brasileira de Psicologia constantes no site setembroamarelo.com, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de um milhão no mundo. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Consta, ainda, na página eletrônica, que em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Fatores de risco

Conforme dados fornecidos pela Seção Psicossocial do Tribunal, o suicídio é um fenômeno multideterminado, isto é, sofre influência de vários fatores (sociais, culturais, ambientais, genéticos e pessoais). Como fatores de risco, podem ser citados: mudanças no hábito alimentar e de sono; afastamento de amigos, família e atividades regulares; perda de interesse e prazer; sintomas físicos ligados a emoções, dores de estômago e de cabeça. A solidão é o maior fator de risco social. 

O suicídio também é um fenômeno multisetorial. Raça, classe e gênero são fatores importantes nas taxas de suicídio. Alguns estudos apontam que pessoas com maior poder econômico estão mais protegidas. As populações que mais sofrem violência são as mais acometidas (negros, índios, LGBTQI+, por exemplo). A violência vivenciada pelas minorias no seu cotidiano impacta suas vidas de forma global.

Ações Institucionais

Durante o ano de 2020, a psicóloga do TRT/CE, Mariana Lima, relatou várias iniciativas institucionais voltadas para a área de saúde mental. Atendimentos individuais, rodas de conversa, participação em juntas médicas e perícias, suporte psicossocial para as pessoas acometidas com licença de saúde ligadas à competência da Seção, matérias informativas na intranet, mapeamentos e encaminhamentos para redes de atendimento disponíveis na pandemia, entre outras ações.

Acerca dos maiores desafios enfrentados na pandemia, a gestora aponta o isolamento e excesso de atribuições. “O distanciamento social que leva à falta de contatos, trocas e afetos; a sobrecarga oriunda do teletrabalho, quando associado às tarefas domésticas, aos cuidados e assistência aos filhos e aos abalos emocionais da pandemia. Nesse caso, às mulheres estão sendo bastante afetadas”, finaliza a psicóloga.

Prevenção

Prevenção do suicídio é responsabilidade de todos, e a forma como se aborda o assunto pode aumentar ou reduzir o risco, pois algumas ações podem ter caráter preventivo e outras podem servir de gatilho para a ação auto lesiva. Seguem algumas orientações:

Não julgue nem dê conselhos; não faça comparações;
Demonstre empatia;
Manifeste preocupação pelo bem estar e lembre a pessoa que os sentimentos de depressão tem tratamento;
Pergunte a pessoa o que a preocupa e deixe ela falar;
Tenha cuidado em repassar notícias, é essencial checar as informações para não divulgar fakenews e notícias inadequadas;
Caso suspeite que alguém próximo corra risco, incentive a procura por ajuda profissional especializada e, se for o caso, acompanhe até a consulta. 

Endereço eletrônicos para maiores informações:

Vidas Preservadas (Ministério Público): @vidaspreservadas (instagram)
Falar inspira Vida (movimento criado para requalificar a conversa sobre depressão): https://www.falarinspiravida.com.br/
Vita Alere (Núcleo de atendimentos, informações e divulgações sobre suicídio, prevenção e posvenção): www.vitaalere.com.br
Site com lista de locais para atendimento: http://www.mpce.mp.br/caopije/projetos/vidas-preservadas/conheca-vidas-preservadas/onde-buscar-ajuda/