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Agenda 7 de Cultura recebe Dilmar Miranda e a música brasileira

O professor de Filosofia da Música e da Arte da Universidade Federal do Ceará (UFC), Dilmar Miranda, ministrou palestra, no último dia 15 de outubro, no Auditório do Tribunal Regional do Trabalho do Ceará – 7ª Região, onde fez uma explanação sobre o surgimento dos primeiros movimentos musicais no Brasil, dentro do “Pintando o Sete”, atividade cultural do TRT/CE.

O sociólogo revelou que o amor pela música e por toda arte o acompanha desde criança, pois seu pai e sua madrasta eram músicos, e essa paixão deu vazão às suas pesquisas que culminaram no livro “Nós, a Música Popular Brasileira” e ao hobby de tocar violão e piano nas horas vagas.

O professor Dilmar Miranda iniciou sua apresentação para servidores do Tribunal Regional do Trabalho do Ceará, exemplificando os vários costumes trazidos ao Brasil pelos portugueses, como o canto gregoriano, quando a família real de Dom João VI precisou fugir à invasão francesa comandada por Napoleão Bonaparte, no início do século XIX. “O Brasil é o único exemplo onde vemos que uma metrópole, no caso Portugal, mudou-se para a colônia. Com isso, houve o choque cultural e, nesse sentido, o piano e o cravo foram importantes para o Romantismo em nosso País. Além disso, destaco que, no Brasil, talvez haja também a maior miscigenação e produção musical do planeta. Temos valsa, maxixe, polca, choro, samba, baião, xaxado, xote e por aí vai”, explica Miranda.

Sempre muito bem humorado, Dilmar fez um rápido histórico sobre os processos de gravação, preservação e disponibilização de músicas, passando pelos discos no início do século XX, chegando até os dias atuais, onde há uma grande facilidade de gravação e edição do material gravado. “Não sou contra vinil, CD, MP3. Muito pelo contrário, acho salutar a idéia de que podemos ter acesso a inúmeros formatos e movimentos culturais, vindos de diversas partes do mundo pela Internet. Critico, isso sim, a questão de que a mídia, a televisão em maior parte, só dá espaço às mesmas produções artísticas”, afirma.

Ao final da reunião, Dilmar fez questão de relembrar da efervescência cultural provocada pela música engajada, de protesto, pelas festas universitárias, a Tropicália, o Clube da Esquina, a Massafeira e a Bossa Nova. Porém, revelou que, em sua opinião, o movimento musical mais recente e impressionante ocorrido no Brasil foi o “Manguebeat”, liderado pelo cantor Chico Science e o grupo Nação Zumbi, nos anos 90, em Recife.