Instituições públicas e privadas debatem trabalho seguro no Porto do Pecém

Aproximadamente 4.000 empregos direitos e 10 mil empregos indiretos. Esse é o número de postos de trabalho que a operação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) deve gerar a partir de 2016, quando termina a expansão da estrutura instalada no município de São Gonçalo do Amarante. Para contribuir com a criação de empregos cada vez mais seguros, representantes do Tribunal Regional do Trabalho do Ceará (TRT/CE) e de outras 21 instituições realizaram uma visita-técnica ao complexo nesta terça-feira (23/4). A ação integra os trabalhos da 1ª Semana Cearense de Prevenção de Acidentes de Trabalho.

Durante a manhã, um grupo de aproximadamente 100 pessoas participou de quatro palestras. Nelas, foram debatidas conexões entre desenvolvimento socioeconômico, capacitação profissional, planejamento e trabalho seguro. “O CIPP não pode trazer benefícios para um único grupo, família ou, até mesmo, indivíduo. Ele está sendo construído para beneficiar todo o Ceará”, afirmou a consultora do Pacto pelo Pecém, a socióloga Rosana Garjulli.

Com 11 de anos de operação, o Pecém é o porto nacional líder na exportação de frutas e calçados. Outra vantagem do terminal é a localização: está a 10 dias de viagem de Nova Iorque ou da Europa, o que o coloca como a porta brasileira de entrada e saída de produtos mais próxima do mercado internacional.

Atualmente, a operação do terminal emprega diretamente 1.000 pessoas e a obras de expansão devem gerar aproximadamente 15 mil empregos diretos e indiretos até 2016. “Grande quantidade de novos empregos serão criados com a Companhia Siderúrgica do Pecém, prevista para entrar em operação em 2015, e que aumentará o PIB do Ceará em R$ 9,3 bilhões”, afirmou o presidente da Companhia de Desenvolvimento do Ceará, Roberto Feijó.

O gerente do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial em São Gonçalo do Amarante, Raimundo Façanha, apresentou aos participantes as ações realizadas no município para oferecer mão de obra qualificada e preparada para evitar acidentes. “A qualificação profissional é pré-requisito para que o trabalhador da região conquiste as vagas que surgirão. Atividades que antes recrutavam empregados com apenas o primeiro grau – como a construção civil - hoje já exigem técnicos”, ressaltou.

O município de São Gonçalo do Amarante, onde está localizada a maior parte do Complexo, possui cerca de 45 mil habitantes. Os 14 mil postos de trabalho que a operação do CIPP exigirá representam mais de um terço da população local.

Semana de Prevenção: As atividades da 1ª Semana Cearense de Prevenção de Acidentes começaram na segunda-feira (22/4). Além dos portuários, integrantes de vinte e duas instituições públicas e privadas visitam, até sexta-feira (26/4), profissionais e estudantes de várias instituições para falar sobre saúde do trabalhador. A Semana integra o Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho.