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Discurso de posse da desembargadora Dulcina de Holanda Palhano na presidência do TRT-7ª Região

Na oportunidade de sua posse no Cargo de Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região, a Desembargadora Dulcina de Holanda Palhano pronunciou o discurso que apresentamos a seguir:

No instante de assumir a responsabilidade de dirigir o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região, surpreendo-me com um vago temor de estar só e penso em todas as pessoas que passaram pela minha vida e que eu gostaria que, neste momento, estivessem aqui.

Sinto saudades dos meus antepassados que não conheci, mas que contribuíram para minha existência, ainda que pela genética. Saudades dos amigos e sonhos infantis, de meus pais e parentes que já se foram, de meus irmãos, cunhados e sobrinhos, de meus mestres.

Ah! Os meus mestres!

Encontrei-me há pouco com o Professor Roberto Martins Rodrigues e seu primo Álvaro, meu colega, e o professor disse:

Estaremos com você no Tribunal.

Ao que repliquei:

Mas professor, o Álvaro já disse que não poderia sair de Brasília nesta data e ele respondeu:

Não falei que estaríamos na sua posse, mas que estaríamos com você no Tribunal.

Louvados sejam Roberto e Álvaro por me darem esta segurança amiga e sábia embora na retaguarda.

Estive, também, no Colégio da Imaculada Conceição para conversar com a Irmã Elizabeth. As irmãzinhas começaram a passar para a missa e paravam para nos cumprimentar. Comecei a ficar aflita por estar atrapalhando a ida à missa da Irmã Elizabeth e ela como sempre, na sua doçura, disse:

ELE entende que eu não vá.

A missa terminou, as irmãs voltaram e nós ainda continuamos conversando. Foi quase uma confissão meio participativa para não dizer pública.

Conversar com a Irmã Elizabeth sempre me conforta e faz-me ver que mesmo sendo eu uma pequenina faísca do universo, sou parte do todo e devo envidar esforços para que a Humanidade alcance o ideal de justiça.

Nesse instante, vem-me à mente a linda imagem de uma roda de crianças que se dão as mãos e, girando, cantam juntas antigas canções cujo significado, às vezes, desconhecem, mas que, ao entoarem, entram em sintonia numa fraternidade feliz e sem dúvidas de que o sol brilha para todos igualmente, sem qualquer distinção.

Sinto falta das pessoas que trabalharam comigo nos lugares onde dei aulas, no Incra, no Ministério do Trabalho, na minha casa, nos Colégios, nas faculdades, na 9ª Vara e por onde vivi.

Ah! Que saudade da turma legal da Faculdade.

Queridas amigas e amigos: O que sei e o que sou foi o que vocês fizeram de mim.

Mas o tempo passa. Uns vão; outros chegam. E não era bom apenas o que passou como diria o poeta.

Outros virão, bons e adequados ao momento.

Este tribunal tem cerca de 750 servidores, juízes e desembargadores e eu sei que poderei contar com todos para o trabalho, a crítica e a celebração do sucesso que almejamos.

Tudo que recebi pela graça de Deus conservo em meu coração e o que há de vir sei que terá a mesma natureza, porque proveniente da mesma fonte.

Nada sou e nada farei sozinha.

Conto com os que foram e deixaram herança preciosa, com os que ficaram e com os que vieram para participar da distribuição da Justiça que é um bem inestimável e essencial à vida, à felicidade humana e dela, somente dela, depende o equilíbrio do mundo.

Prometo que nos próximos dois anos dedicarei todas as minhas forças a esta Instituição.

Peço aos meus filhos Joana, Pedro e Rosinha, aos meus irmãos, sobrinhos e amigos que me perdoem o tempo que talvez não lhes possa dedicar.

A todos que aqui estão peço que me abençoem e a Deus que além de abençoar, nos ajude a realizar a Justiça, nosso maior propósito nesta vida.

Não preciso falar de projetos, embora os tenha em profusão porque o que devo fazer está minuciosamente discriminado na lei. Compete-me apenas cumpri-la e nisto empenho minha palavra.

Obrigada!

DULCINA DE HOLANDA PALHANO