"Gamificação” pode tornar o empregado compulsivo por trabalho, alerta pesquisadora
- Página atualizada em 27/11/2023
Na abertura do 2º dia de palestras do Congresso Internacional Os Impactos das Novas Tecnologias no Mundo do Trabalho, em 23 de novembro, os cerca de 600 participantes da plateia puderam assistir à exposição da advogada e professora universitária Viviane Vidigal. Ela falou sobre “A gamificação como gestão do trabalho”, cuja mesa foi comandada pelo servidor do TRT-7, Charles da Costa Bruxel, presidente do Sindicato dos Servidores da 7ª Região (Sindissétima).
Viviane Vidigal explicou que gamificar o trabalho é engajar o trabalhador por meio de games (jogos) a partir, por exemplo, de sons ou promessa de recompensas (objetivo de ganhar determinado prêmio). Ela ressalta que a lógica da gamificação faz com que o obreiro seja compulsivo à aceitação de chamados realizados antes mesmo do término (cumprimento) do anterior, de modo que ele não disponha de tempo para refletir sobre a pertinência ou necessidade de tal aceitação.
A pesquisadora considera que se demorou a identificar e entender a gamificação no âmbito do trabalho das plataformas, o que justifica também a ausência de regulamentação, que seria uma forma de contramarketing.