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Poder diretivo patronal dos algoritmos é tema do Congresso Internacional Direito do Trabalho

Juiz do TRT da 5ª Região (Bahia) e professor universitário Luciano Martinez

Uma das mais significativas investidas de transferência de poder. Assim o juiz do TRT da 5ª Região (Bahia) e professor universitário Luciano Martinez define os chamados algoritmos. O assunto foi tema de sua palestra “O Poder Diretivo Algorítmico”, durante a manhã da quinta-feira (23/11) no Congresso Internacional Os Impactos das Novas Tecnologias no Mundo do Trabalho, promovido em Fortaleza, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (TRT-7ª), por meio de sua Escola Judicial (Ejud7).

O juiz do Regional baiano acrescentou que, em essência, algoritmos tratam-se de procedimentos padronizados que, embora protagonistas da contemporaneidade, sempre existiram. “São apenas mandatários, sequências de um e zero, mas recebem em si uma carga de conceitos e preconceitos humanos. Eles não são neutros”, completa.

Ainda conforme o magistrado, os algoritmos se juntam a outras estruturas “igualmente anônimas, como a opinião pública e o mercado”, e aprendem por repetição e erro, porque são preditivos. Ele continuou a descrição dos algoritmos ressaltando que “eles decidem por nós, escolhem um caminho, como no caso do Waze (aplicativo de GPS para celular)” e observou que “tudo isso foi levado para o poder diretivo patronal no âmbito virtual”.

Martinez disse, ainda, que os algoritmos “não reivindicam nada nem exigem reconhecimento”, embora sejam capazes de policiar palavras e discussões em grupos e se apresentem como “representação de tudo que a gente adora, porque, mesmo sem sermos entrevistados, a gente gosta de ser ‘investigado’”. “Imediatidade de respostas é o que sempre quisemos”, enfatiza. Ele destacou que a etimologia de algoritmo remete à álgebra e que a lógica de transferência de poder está em seu próprio fortalecimento, ao deixar claro “quem manda e quem obedece” e definir dominantes e dominados, além do fato de que os poderes bélico, econômico, político e social se retroalimentam.

A mesa da palestra do juiz baiano foi presidida pelo juiz Hermano Queiroz, presidente da Associação dos Magistrados da 7ª Região - Amatra7.

Veja mais fotos da manhã do dia 23 de novembro aqui.