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Quase 14% das meninas de 6 a 14 anos trabalham ou já trabalharam, diz pesquisa

 
O resultado das entrevistas com 1.771 meninas de 5 capitais, Belém, São Luís, São Paulo, Cuiabá e Porto Alegre, e mais 16 cidades das cinco regiões do país foi divulgado nesta quarta-feira (10), em Brasília. A margem de erro da pesquisa é 2,5%. Mais de 37% das entrevistadas que dizem trabalhar prestam serviço na casa de outras pessoas, cuidando das crianças, fazendo faxina e outras atividades domésticas.
Dezesseis e meio por cento trabalham em estabelecimentos comerciais, 7% em atividades relacionadas à agropecuária ou à pesca e 6% em fábricas. Cerca de 5% das entrevistadas revelaram que trabalham nas ruas vendendo coisas, recolhendo material reciclável, vigiando ou limpando carros e em outras atividades informais.
 
“É um dado assustador, que aponta para a total violação dos direitos das crianças, especificamente das meninas”, diz o gerente técnico de Monitoramento, Avaliação e Relatório da Plan International, Luca Sinesi.
 
Menores de 16 anos são proibidos de trabalhar segundo o ECA
Ele lembrou que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe o trabalho de crianças com menos de 16 anos, salvo na condição de menor aprendiz, a partir dos 14 anos e com o devido acompanhamento.
Chamou a atenção dos pesquisadores que uma em cada dez entrevistadas, ou seja, 10% do total de meninas ouvidas, não tenha respondido à questão, ocultando assim sua situação. Pouco mais de 2% das garotas disseram estar à procura de trabalho.
 
Presente à apresentação dos resultados da pesquisa, a ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, destacou que as informações obtidas revelam um olhar diferenciado para a condição das meninas brasileiras.
"Há diferenças no tratamento [dispensado a homens e mulheres] e de papéis sociais a serem desempenhados, que vão se cristalizando desde muito cedo, a partir de casa, de detalhes como a diferenciação na atribuição de afazeres domésticos. É muito importante conhecermos essa realidade para que possamos pensar políticas públicas cada vez mais inclusivas”, afirmou a ministra.
 
A Agência Brasil procurou o Ministério do Trabalho e Emprego para comentar a pesquisa, mas ainda não obteve resposta.
 
Fonte: Agência Brasil