logotipo responsivo da Justiça do Trabalho
  • Selo 100% PJe
  • Selo Prata CNJ
  • Selo Prata CNJ Ano 2022
  • Selo Prata CNJ Ano 2023
  • Instagram
  • SoundCloud
  • Youtube
  • Facebook
  • Twitter
  • Flicker
Política de Cookies

O Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (TRT7) utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no portal implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais do TRT7.

Iniciada votação de poesias sobre o Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem

Por ocasião da Semana Nacional da Aprendizagem, que ocorre de 22 a 26 de agosto, está aberta votação na intranet para escolha da melhor poesia que represente o tema Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem. Foram selecionadas cinco poesias.  Podem votar: magistrados, servidores e estagiários da Justiça do Trabalho. Os textos concorrem ao  II Prêmio de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT-7.

Os trabalhos inscritos foram avaliados, inicialmente, pela comissão julgadora escolhida pela Gestão Regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem. Uma vez selecionados, os trabalhos finalistas agora são submetidos a voto popular.

Confira as cinco poesias finalistas que estão relacionadas por ordem alfabética dos seus títulos: 

1. A Infância diluída

A infância perdida na sociedade ferida

As crianças gritam sem emoção a morte em vida.

No lixo ou na agricultura.

Na exploração ou no sinal é degradada a geração de modo fatal.

Do sudeste brasileiro que chora ,ouve-se, o grito da África lá de fora

pois como ouvirão um clamor silenciado sob o cansaço esmagado

de um mundo que acham que as crianças são um fardo?

Sim , elas esperam por nós, pelo chão do Brasil ou pelas normas

que as protegem em um ambiente tão hostil.

 

Nas dores do joelho ralado , do pé cortado ou do dedo quebrado são menores que a dor do roçado.

Na dor de barriga ou na fome que lateja, ainda sim vê-se o sofrimento na peleja.

Da ausência dos livros e das cores sem cor, um gemido desconhecido de amor

aduz o sofrimento do Trabalho Infantil espelhado no labor.

 

2. Caminho Para a Erradicação do Trabalho Infantil

Todos os sonhos um dia a aflorar,

Numa criança alegre e tão feliz,

Que poderá num livro realizar,

Verdadeiro valor de um aprendiz.

 

Pois não é no labor e nem na lida,

Da exploração sistêmica infantil,

Que a infância produz guarida,

De um futuro benéfico e gentil.

 

Por certo que a escola está presente,

No caminho melhor pra toda gente,

Que desde o início se deve trilhar...

 

E assim, ao encerrar livros de histórias,

Num passado em registro de memórias,

Para o trabalho infantil se erradicar.

 

3. Nuances acerca do Trabalho Infantil

O sol do meio dia na pele já virou costume

Sua condição de vida era além de insalubre

Ele não sabia nem ler, muito menos escrever

Mas se derem uma ordem é obrigado a obedecer

 

Todo dia é árduo

Às cinco da manhã de pé para o trabalho

Todo o dia tem que agüentar

E tem quem diga que difícil mesmo é estudar

 

Na sua realidade, estudar não era alternativa

Sempre foi ensinado que não havia outra forma de vida

Tinha pouca idade e sua mão já não era mais macia

Vivia para o trabalho, dia e noite, noite e dia

 

Apesar de tudo, era um sujeito sonhador

Sonhava em sair do campo pra virar doutor

E por mais que não pudesse voltar a ser criança

Ele ainda possuía no futuro uma esperança

 

Voltou para escola aos trinta e poucos anos

Mas não tinha realizado seu sonho ainda

Jurou olhar para frente e nunca mais para trás

E os estudos o interessaram cada vez mais

 

Tempos depois, seu sonho se concretizou

Agora eles podiam lhe chamar de doutor

E hoje ele tem propriedade pra concordar

Que a caneta é mais leve que pá

 

Aquele tempo era árduo

Às cinco da manhã de pé para o trabalho

Todos os dias tinham que aguentar

E tem quem diga que difícil mesmo é estudar

 

4. Pequeno-grande homem

Por que me veem grande se sou pequeno?

Como falar de amor se sou silêncio?

Apagaram os sonhos que ainda nem aprendi a escrever

E meus desenhos que não foram feitos com lápis e papel

Aqui, onde eu tô, tão longe do céu

Será que alguém pode me ouvir? Me explicar.

Por que me veem grande se sou pequeno?

Me diz. Diz que é hora de voltar pra casa pra eu poder brincar, que a felicidade não é cinza, que essa palavra “esperança” é real

Me deixa correr nesse chão, de sol a sol, atrás daquela pipa que lá no céu anuncia dançando:

“Liberdade!” Liberdade, menino!

Me deixa chorar, mas dessa vez, de alegria.

Se você puder me ouvir, moço

Me tira desse sufoco, desse lugar torto onde eu nem deveria estar

Me leva pra escola, me deixa jogar bola e brincar até cansar

Mas um cansaço bom de ser gente e que não tem mais medo de existir

Me avisa que é tempo de florir

Que já passou a seca e a exploração, que é hora de me banhar no rio da educação

E comer dos frutos do conhecimento

Eu sei que me veem grande, mas sou pequeno, moço. E tô cansado.

É que hoje eu só quero carregar lembranças e histórias

Aprender a escrever meus sonhos bonitos, desenhar meu futuro colorido

E lembrar que ainda tenho um pequeno-grande coração. 

Tô aqui esperando, só não demora. É que passa rápido demais. E eu não quero ser grande agora.

Não é hora.

Quero ser pequeno.

E só na hora certa crescer.

 

5. Suspiros de Infâncias Perdidas

– Eu queria mergulhar meus pés na areia,

Recolher conchas,

Ser sereia.

 

– Eu queria navegar o mar inteiro,

Brasil afora,

Ser marinheiro.

 

Ah! Eu queria ser herói!

Mas não posso...

Aqui, roço, capino e roço

E todo o meu corpo dói.

 

– Eu não posso, mas também queria.

Sou costureira à noite

E babá durante o dia.

 

Eu só queria ser criança e ir à escola.

Fazer amigos, jogar bola.

Queria apenas que nesse meu Brasil

Não houvesse mais trabalho infantil!

 

Vote na poesia de seu preferência aqui. Precisa estar logado na intranet ou extranet para registrar o voto.

 

Premiação

A premiação compreende valores em dinheiro, tablet, certificados e kits do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem. O anúncio dos vencedores e a entrega da premiação ocorrerão em sessão do Tribunal Pleno do TRT-7, oportunamente publicados na página eletrônica do órgão, assim como nas suas redes sociais.

O concurso é uma iniciativa conjunta da Gestão Regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, sob a supervisão do desembargador do trabalho Paulo Régis Machado Botelho e da juíza do trabalho substituta Karla Yacy Carlos da Silva, com a Presidência do TRT-7, sob a administração da desambargadora do trabalho Regina Gláucia Cavalcante Nepomuceno. O objetivo maior da ação é a conscientização em prol da erradicação do trabalho infantil no Brasil e da adequada profissionalização dos adolescentes.